ESCOLA ESTADUAL ARACY EUDOCIAK
DISCIPLINA - EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFº ROBERTO – TURMA EJA
UNIDADE – 6
CONTEÚDO: Esporte para inclusão ou exclusão;
as dimensões dos esportes (participação, lazer e rendimento); praticamos
esportes ou obedecemos regras?; O esporte feminino e a mulher no esporte.
INCLUSÃO
E EXCLUSÃO NO ESPORTE
O esporte atualmente é considerado como uma ferramenta
de inclusão social, entretanto, elevá-lo efetivamente a esse patamar é o grande
desafio. A utilização do esporte ao longo da história foi atender a diversos
interesses, sejam políticos, militares, financeiros, entre outras situações.
Nesse contexto podemos dizer que o esporte torna-se excludente, pois, beneficia
alguns poucos em detrimento da grande maioria.
O esporte, como instrumento
pedagógico de inclusão, precisa se integrar às finalidades gerais da educação,
de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de
orientação para a prática social. A educação tem a capacidade de formar aquele
que participa ativamente da vida política, econômica e social de sua comunidade
e, consequentemente, de seu país. É neste ponto que entendemos o papel decisivo
do esporte inclusivo, juntamente com a educação, na busca por princípios e
valores sociais, morais e éticos.
O reconhecimento do esporte
como canal de socialização positiva ou inclusão social, é revelado pelo
crescente número de projetos esportivos destinados aos jovens das classes
populares, financiados ou não por instituições governamentais e privadas. Entretanto
não se pode implementar o esporte apenas como habilidade física ou recreativa.
Ele deve ser acrescido à função educacional, incluindo elementos sociais,
culturais, comunitários e afetivos.
DIMENSÕES
DO ESPORTE
Ao concebermos uma série de condições
pertinentes à Educação Física, precisamos entender que o esporte possui algumas
características próprias em suas manifestações individuais e coletivas, por ser
próprio de cada localidade e principalmente, por carregar a perspectiva da
autonomia, ou seja, realizar atividades físicas sem pretensão de superar
índices, perceber a facilidade de acesso à prática das atividades físicas e
esportivas oferecidas por uma estrutura de funcionamento organizada com
segurança para a integridade pessoal de todos; tornar possível a realização do
convívio social e seu aproveitamento.
Esporte
de participação
O que assistimos hoje é o
esporte renascendo para a transformação dos valores contemporâneos, talvez mais
próximos do que Dumazedier (1979) chamava de esporte participação, ou, hoje, denominado
esporte de lazer. A mudança do sentido na prática cotidiana do esporte de
auto-rendimento para esporte de lazer ocorreu através da projeção do lazer
enquanto elemento intrínseco à atividade humana, transformando as práticas
esportivas no tempo livre em entretenimento, diversão, participação, bem estar
e qualidade de vida.
O aumento do tempo livre, o
conhecimento do corpo, o desenvolvimento da indústria cultural, as
possibilidades de entretenimento, enfim, muitos são os motivos que justificam a
ampla abordagem do tema lazer neste período histórico. O desenvolvimento do seu
conceito, a compreensão da sua necessidade social, a preocupação em implementar
políticas públicas são marcos conceituais básicos que sustentam a transformação
do sentido esporte de auto-rendimento em esporte de lazer.
O esporte e o Lazer
Os novos
paradigmas formulados sobre o assunto levam a novos conceitos no que se refere
ao esporte participativo, de lazer e as atividades físicas, pois o esporte não
é mais compensatório para aliviar as tensões do trabalho. Os investimentos no
lazer, através do conceito de bem-estar-social e qualidade de vida levou a uma
transformação na concepção de planejamento urbano e de políticas públicas no
setor. O próprio desenvolvimento na área científica demonstrou um avanço no
entendimento do esporte de lazer ou mesmo a perda da influência do esporte de
alto rendimento nas aulas de Educação Física.
Esporte
de alto-rendimento
Alto
rendimento é o esporte de resultado, praticado segundo regras formais, nacionais
e internacionais. Tem como figura de destaque a presença do atleta ou do atleta
em formação.Tem por finalidade preparar fisicamente para determinada modalidade
esportiva. Seja qual for essa atividade esportiva pretendida, os desafios e
dificuldades a serem trilhadas serão bastante similares.
O atleta para
que se torne competitivo precisa submeter-se a uma exaustiva rotina de
treinamentos físicos nos quais os resultados, devem ser bem planejados por um
profissional de educação física.
O
esporte feminino e a participação da mulher
A imagem de fragilidade e
submissão sempre esteve ligada à mulher na história, principalmente na
antiguidade, idade média e moderna. Muitos pensadores, teólogos e filósofos
contribuíram para aumentar sua posição de inferioridade e nas manifestações
esportivas não foi diferente.
Exemplos são o que não
faltam na história contra o gênero feminino, como alguns que continuam a
resistir ao tempo e vem mascarado, a exemplo da música que, cada vez mais, traz
em suas letras "piriguetes, safadonas, cachorronas, mulheres melancias,
maçãs, enfim mulheres frutas", rótulos que acabam fazendo sucesso entre o
público masculino, mas que limitam as mulheres aos seus corpos.
A história da mulher no
esporte supostamente começa com a sua proibição nos primeiros Jogos Olímpicos.
A participação das mulheres nos Jogos Olímpicos só foi permitida em 1900, em
Paris. No Brasil, pode-se considerar que a nadadora Maria Lenk foi muito
importante para a prática do esporte feminino, pois ela ajudou a divulgar a
imagem da mulher praticante de esporte. Aos dezessete anos, já era uma atleta
de nível internacional. Foi à primeira
mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles,
em 1932.
Hoje já podemos ver as
mulheres praticando a grande maioria dos esportes mundiais, pois elas
conseguiram conquistar o seu espaço. Além disso, as mulheres já apresentam o
mesmo nível técnico dos homens, superando-os algumas vezes, embora existam
diferenças fisiológicas entre os gêneros.
Regras e
o esporte
Praticamente qualquer coisa
que envolva a participação de duas ou mais pessoas implica em regras. O
casamento impõe regras, no seu ambiente de trabalho há regras, para exercer sua
cidadania há regras a seguir da mesma forma. As regras existem para organizar e
garantir que todos tenham as mesmas oportunidades e o mesmo tratamento. Dessa
forma o professor passa informação e orienta, mas precisa também que os outros
elementos façam seu papel, ou sua tarefa não será bem sucedida.
Nos esporte as regras não podem cobrir
apenas os deveres, precisam contemplar também os direitos e prever algumas
compensações, além de castigos. Regras que apenas restringem e punem são
odiadas e burladas sempre que possível. Estando envolvidos no processo de tomada de
decisões, como decidir a área de jogo, ou o ajuste das regras que regerão o
grupo, espera-se que os alunos comecem a entender e apreciar as condições
necessárias para se jogar organizadamente. Jogar de maneira justa e acatar as
regras são atitudes necessárias importantes durante a realização dos jogos.
Bibliografia
http://natanaelsteffen.blogspot.com.br/2010/04/para-que-servem-as-regras.html