Atenção apostila módulo C8 a partir do dia 20/06/2014
ESCOLA
ESTADUAL ARACY EUDOCIAK
DISCIPLINA
- EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFº
ROBERTO CAVALHEIRO – TURMA EJA
UNIDADE – 7
CONTEÚDO:
Lutas – Construção histórica das lutas; lutas X brigas; disciplina e rituais;
as lutas na mídia; lutas e problemas sociais (violência, consumismo, uso de
substâncias químicas, idolatria pelo corpo, preconceito).
LUTAS X BRIGAS
Poucos sabem a diferença entre as lutas e as brigas,
invariavelmente o tema é bastante estranho para muitas pessoas, isso porque as
lutas ao senso comum é sinônimo de violência e de derramamento de sangue.
Entretanto os conceitos de cada uma delas soam bem distintas, deixando claro as
suas manifestações, enquanto nas brigas podemos observar muita violência e agressividade e que podem ocorrer em
locais públicos, entre indivíduos ou grupos de pessoas. Ao passo que as lutas
são constituídas como uma prática saudável de atividade física para as pessoas,
observando regras e respeito ao adversário.
O desenvolvimento não é apenas físico. Toda
luta está fundamentada em princípios filosóficos e espirituais muito fortes,
que buscam o desenvolvimento do intelecto e do caráter. Além disso, é preciso
lembrar que muitas são uma prática milenar, que traz consigo elementos
importantes sobre algumas culturas e é parte importante da história cultural da
humanidade. O desenvolvimento da perseverança, autoconfiança, autonomia,
responsabilidade e capacidade de superar os limites são algumas das lições
aprendidas com as lutas e muito valorizadas em outras esferas da vida em
sociedade.
Afinal de contas qual a diferença?
- Lutas: são sistemas para treinamento de combate, geralmente sem uso de armas, com regras bem estabelecidas. Podem ser praticadas como treinamento militar ou policial, como defesa pessoal ou como esporte. Observa-se sempre a presença do respeito entre os praticantes e a disciplina.
- Brigas: combate corpo-a-corpo ilegal. Ao contrário das lutas, uma briga pode envolver armas, vários adversários e não tem regras. Está sempre presente a violência e muitas vezes resultam em ferimentos graves ou mesmo a morte.
CAPOEIRA - A dança-luta brasileira
A capoeira é uma arte
“marcial” brasileira, de origem africana, uma dança-luta, que foi criada e
desenvolvida pelos negros escravizados, inspirada pela sede de liberdade e justiça
social. Para treinar, sem chamar a atenção dos fazendeiros e dos capangas, os
escravos incorporaram instrumentos musicais, como o berimbau, o pandeiro, e
outros, de forma a enganar o feitor, pois com a música e os movimentos
ritmados, o capataz pensava que os negros estavam dançando.
Logo após a
libertação dos escravos, o negro brasileiro que trabalhava na fazenda,
desempregado, é jogado na mais absoluta miséria (fato que ainda hoje é fácil de
se presenciar nas favelas), pois não foi incorporado à vida da cidade nem como
comerciante nem como operário. Com seu êxodo para as regiões urbanas em busca
da sobrevivência, o ex-escravo, que sabia capoeira, se tornou o malandro
perigoso das ruas do Rio de Janeiro, servindo muitas vezes de capanga para
alguns coronéis. Por isso, a prática dessa dança foi proibida em todo o
território nacional, até que o presidente Getúlio Vargas decretou sua
legalização nos anos 30. Conserva a estrita obediência aos rituais, à
preservação das tradições, o culto dos antepassados e o respeito aos “mais
velhos”.
Hoje a capoeira está
inserida em outra realidade social, muito diferente da sua origem; está
preocupada com sua manifestação como arte em geral: na dança, na música, no
teatro e cinema. Saiu também além das nossas fronteiras e está em muitos países
da Europa e Estados Unidos, além de ter se tornado patrimônio imaterial do
Brasil.
O USO DE SUBSTANCIAS
QUÍMICAS PROIBIDAS – DOPING
A história do uso de substâncias que melhoram
o desempenho físico é mais antiga do que os jogos olímpicos, existem relatos que
já em 800 a.c., na Grécia, atletas usavam cogumelos, chás e óleos para melhorar
desempenho. Os chineses há quatro mil anos, conheceram os efeitos de um chá que
continha efedrina em altas doses e era utilizada para aumentar a capacidade de
trabalho. Há relatos também que os bolivianos que trabalham pesado nas minas do
país mascam a folha da “coca”, devido ao poder analgésico.
Os primeiros Jogos da Era Moderna,
organizados pelo barão de Coubertin, em Atenas, em 1896, marcaram o
aparecimento das “bolinhas”, esferas contendo diversas substâncias estimulantes
como cocaína, efedrina e estriquinina. Daí o termo “usar bola” como sinônimo de
dopar-se.
A Segunda Guerra Mundial traz as pesquisas de
substâncias que mantinham soldados acordados por mais tempo e aumentavam sua
resistência ao cansaço. Com a necessidade de recuperação dos prisioneiros
desnutridos dos campos de concentração, aperfeiçoou-se o uso dos hormônios
anabolizantes.
Seja por motivos políticos ou financeiros, o
doping passou a ser utilizado de forma cada vez mais “científica”. Agora, o que
vale é a vitória a qualquer preço. As técnicas de doping continuam a evoluir da
mesma forma que as técnicas de controle em uma briga de gato e rato.
Preconceito
Segundo a Wikipédia
preconceito
é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma
atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições
considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar
desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é
diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e de
orientação sexual.
No Brasil, preconceito é Crime, De modo geral,
o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada
"estereótipo". Exemplos: "todos os alemães são prepotentes",
ou "todos os ingleses são frios", o conceito de “raça pura".
Observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas
quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso
contrário reparar em características sociais, culturais ou mesmo de ordem
física também representam preconceito, elas podem estar e/ou não - denotando
apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a aparência de povos de
determinadas regiões, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa,
por vezes questionada pela Ciência e a Psicologia. Exemplos mais comuns
atualmente encontrados na sociedade:
·
Contra homossexuais: Inúmeros são os
exemplos, de agressões físicas e verbais, passando por comentários maliciosos
ou ofensivos. Ainda no contexto, diversos são aqueles que se veem obrigados a
esconder a opção sexual, temendo, por exemplo, uma retaliação dos familiares.
·
Contra os negros: São discriminados
nos mais diversos setores. De modo geral, acabam sendo preteridos em
entrevistas de emprego e estabelecimentos comerciais.
·
Contra os evangélicos: Talvez um dos grupos
mais desrespeitados. São criticados pela maneira de pensar, de se vestir ou
ainda, de se portar perante os demais.
·
Contra os pobres: Dependendo do local,
poderão ser até expulsos, tudo é claro, pela notória falta de dinheiro ou de
uma “vestimenta inapropriada”.
Idolatria
ao corpo
A idolatria ao corpo é uma questão emergente na
sociedade contemporânea, visualizado, por exemplo, pelos altos índices de
cirurgias plásticas. Deste modo, observamos a sociedade contemporânea e como esse
paradigma pode influenciar as pessoas na construção da imagem corporal.
Na sociedade contemporânea a dimensão corporal
assegura a verdade sobre os sujeitos e o sucesso ou fracasso do indivíduo é simbolicamente
relacionado ao “formato” e aparência que o corpo exibe. O corpo, neste período
histórico, opera como um informador da individualidade. Em outros momentos, a função
informadora do corpo esteve vinculada ao pertencimento familiar, comunitário e
valores integrativos que ofereciam ao indivíduo um lócus social e um suporte de
pertencimento e dignidade.
Numa sociedade influenciada ao consumismo, o corpo
também é vendido e comprado. É objeto de consumo e para consumo. É uma maneira
de marcar o poder nas relações sociais, de ser aceito e admirado. O culto ao corpo
é fomentado pela mídia e pelos discursos de médicos e especialistas que
mencionam a importância de mantê-lo em forma, posicionando a gordura como
doença neste momento vivido. A disseminação
da exigência
do corpo ideal pode comprometer a iniciação sexual dos jovens,pode causar
transtornos psicológicos, além de favorecer o uso de anabolizantes e
anfetaminas, podendo prevalecer às questões estéticas ao invés da preocupação
com a saúde.
Bibliografia
Nenhum comentário:
Postar um comentário